Qual a relação do envelhecimento com a incontinência urinária?

08 de Janeiro de 2025 | Larissa Gabriel Alvares

Placa indicativa de sanitários | Crédito: jcomp – Freepik

Hábitos saudáveis e tratamento individualizado minimizam o desconforto da doença, que acomete cerca de 30% da população acima de 60 anos no Brasil

A incontinência urinária, distúrbio urológico que acomete mais de 30% da população acima dos 60 anos no Brasil segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), ainda é um tema que gera incertezas pela ausência de informações seguras. As maiores dúvidas do público idoso são sobre o aparecimento da doença, se existe possibilidade de prevenção e quais os métodos para tratamento, uma vez que a associação da incontinência urinária com o envelhecimento é bastante comum.

Erlaine Rezende, fisioterapeuta e especialista no cuidado ao idoso e parceira da Bigfral, marca líder em cuidado adulto e especializada em produtos para incontinência urinária, esclarece os questionamentos sobre a doença, que muitas vezes consiste em mudança de hábitos e tratamento individualizado:

 

1) Como o envelhecimento está relacionado à perda de urina?

Conforme o corpo envelhece, é natural que algumas mudanças aconteçam, principalmente no controle da bexiga. O enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico é frequente, e a bexiga pode se tornar menos elástica causando dificuldade de ser completamente esvaziada. Essas mudanças podem contribuir para a perda de urina. Entretanto, não é uma condição exclusiva aos idosos, nem indica que todo idoso vai evoluir com o quadro de incontinência”. 

 

2) A partir de quando a perda de urina pode se tornar frequente?

“Não existe regra, mas as pessoas podem começar a notar a partir dos 60 anos, assim como outras mudanças no funcionamento do corpo. Fatores como saúde geral, hábitos saudáveis de vida, alimentação e exercícios físicos, além da presença de outras condições e doenças também influenciam”. 

 

3) Quais são os tipos de incontinência que podem acometer os idosos?

A incontinência urinária pode surgir em quatro variações diferentes, e acometer não somente os idosos, como pessoas de qualquer idade:

Incontinência de esforço: Ocorre quando há perda de urina ao tossir, espirrar, rir ou fazer algum esforço físico. É mais comum em mulheres após a menopausa e em homens após cirurgias de próstata

Incontinência de urgência: Caracterizada por uma necessidade súbita e intensa de urinar, seguida de uma perda involuntária de urina. Pode estar associada à hiperatividade da bexiga e é mais frequente à medida que envelhecemos.

Incontinência por transbordamento: Acontece quando a bexiga não esvazia completamente e há um gotejamento constante de urina. Pode ocorrer em pessoas com condições que afetam os nervos que controlam a bexiga, como diabetes.

Incontinência funcional: Relacionada à problemas de mobilidade ou de comunicação, que dificultam chegar ao banheiro a tempo. É comum em idosos com limitações físicas ou cognitivas.”

 

4) Quais cuidados o adulto pode tomar para prevenir a incontinência nos próximos anos?

Prevenir a incontinência urinária envolve cuidados com o corpo ao longo do tempo. Manter uma alimentação saudável e equilibrada, evitar o excesso de cafeína e bebidas alcoólicas, manter um peso saudável e praticar exercícios regularmente são fundamentais. Exercícios específicos para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, como os exercícios de Kegel, também podem ajudar a manter o controle da bexiga. Além disso, procurar orientação médica regularmente para acompanhar a saúde é uma ótima forma de prevenção”.

Erlaine também destaca que a presença da incontinência na vida de um idoso não atrapalha as atividades do cotidiano ou limita alguma ação ou tarefa. “Atualmente as roupas íntimas descartáveis conseguem controlar o volume da urina com rápida absorção, ajuste ao corpo e sem incômodos, para uma rotina sem desconforto e restrições. Além disso, são práticas, fáceis de usar e podem ser trocadas discretamente. Elas ajudam a manter a pele seca, reduzindo o risco de irritações, e promovem a confiança para que o idoso possa manter uma vida social ativa e independente”, finaliza Rezende.

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