27 de Fevereiro de 2025 | Redação The Silver Economy

Com os números indicando uma tendência contínua de aumento no custo de vida, grupos mais vulneráveis, como os idosos, são os mais afetados | Crédito: Divulgação
De acordo o IPCA 50+, medido pelo Instituto de Longevidade MAG, a inflação para os longevos ficou acima da inflação geral em janeiro: 0,27% frente a 0,16%
Em relatório recente divulgado pelo IBGE, a expectativa de inflação para 2025 subiu de 5,58% para 5,60%, 1,1 p.p. acima do teto da meta. Na última ata, o Copom assumiu que o cenário para a inflação de curto prazo está desfavorável, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi, com tendência de propagação.
Com os números indicando uma tendência contínua de aumento no custo de vida, grupos mais vulneráveis, como os idosos, são os mais afetados. Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade MAG, destaca que a inflação corrói o poder de compra ao longo do tempo. “Com a inflação, o dinheiro perde valor, o que leva as pessoas a precisarem gastar mais para adquirir os mesmos bens e serviços”, explica.
Para aqueles que buscam poupar e planejar a aposentadoria, o impacto da inflação é ainda mais considerável. “A inflação representa uma ameaça, pois os preços sobem de forma contínua. A situação torna mais difícil a construção de um patrimônio para o longo prazo, pois requer que os investimentos gerem retornos maiores a fim de preservar o poder de compra e ainda gerar algum dividendo”, ressalta Rubin.
Neste mês, o Instituto divulgou o IPCA 50+ , revelando que a inflação para os maiores de 50 anos foi de 0,27% em janeiro, superando a média geral de 0,16%. O IPCA 50+ é calculado com base na mesma cesta de consumo usada para o IPCA, mas ponderada em proporção para o padrão de uma família chefiada por uma pessoa com 50 anos ou mais. “Os itens como saúde e cuidados pessoais têm um peso mais expressivo, representando 15,8% das despesas dos idosos, contra 13,5% para a população geral. Calibrando desta forma, chegamos a um resultado diferente para a inflação dos mais velhos.“, explica Rubin.
Gastar no presente em vez de investir no futuro
Em virtude da inflação persistente e acima das expectativas, todo o planejamento de longo prazo é prejudicado, principalmente quando se trata da poupança para a aposentadoria. Esta situação é ainda mais desafiadora no Brasil, que enfrenta um envelhecimento populacional acelerado e um sistema de Previdência pública em instabilidade.
Com a diminuição da população jovem e o aumento de idosos dependentes de benefícios, a sustentabilidade do sistema previdenciário está sendo questionada. Em contrapartida, a poupança privada e o planejamento financeiro se tornam essenciais para garantir uma aposentadoria tranquila. No entanto, em um contexto inflacionário, poupar se torna uma tarefa árdua. O aumento dos preços força as famílias a priorizarem o consumo imediato, em detrimento do investimento para o futuro.
“Sem um planejamento adequado e políticas econômicas eficazes, o Brasil corre o risco de criar uma geração de idosos sem poder de compra suficiente para manter um padrão de vida digno. Por isso, a educação financeira se torna ainda mais crucial, permitindo que cada brasileiro enfrente os desafios econômicos e se prepare financeiramente para o longo prazo”, finaliza Gleisson Rubin
Guia da Longevidade Financeira
O Instituto de Longevidade MAG tem como um de seus principais objetivos promover o desenvolvimento de um planejamento financeiro eficaz, visando garantir recursos suficientes para todas as fases da vida. O material gratuito oferecido pela instituição é estruturado em cinco pilares fundamentais para assegurar a estabilidade financeira: poupar mais, gastar de forma consciente, aumentar a renda, aprender a investir e proteger o patrimônio conquistado. Para mais detalhes, acesse: Link.