01 de Fevereiro de 2024 | Hever Costa Lima
Live sobre empreendedorismo debate o potencial da economia prateada
Crédito: Reprodução
A live SeniorTalk reuniu executivos que investem em startup voltadas ao mercado da longevidade
No SeniorTalk, live mensal sobre empreendedorismo promovida pela FCJ Venture Builder, debateu o potencial da economia prateada, na edição de janeiro. Para a interação e insight os executivos Fernando Potsch, CEO da Seniortech Ventures, Cassio Spina, CEO da Anjos do Brasil,
Fabrício de Paula, diretor Financeiro da Abstartups e Alberto Klumb, adviser e investidor-anjo da Seniortech Ventures, debateram o futuro promissor do mercado da longevidade.
Potch iniciou a conversa apresentando o potencial do mercado da longevidade no Brasil. “Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os brasileiros com 50 anos ou mais já constituem 27% da população, o que corresponde a cerca de 54 milhões de pessoas. Além disso, esse segmento populacional contribui com quase 33% da economia nacional”.
O executivo ressalta, que apesar dessa tendência de crescimento, quando se faz pesquisas de mercado, o grande indicador é que essa a população sênior se sente invisível. “Ela se sente mal atendida”.
Mercado da longevidade em números:
1 – População brasileira 60+ irá dobrar nas próximas décadas, passando de 15% para 30%.
2 – Renda familiar dessa faixa etária é 9% superior à renda média das famílias brasileiras.
3 – Contribuição financeira: 9 em cada 10 idosos contribuem financeiramente para a família, sendo que 43% são os principais responsáveis.
4 – Mercado longevo (60+) está em constante crescimento, movimentando 2 trilhões de reais.
5 – Trabalho após aposentadoria reúne 34% dos maduros, que continuam trabalhando após a aposentadoria, sendo que esse número sobe para 42% entre aqueles com idade entre 60 e 70 anos.
*Fonte IBGE
Uso de tecnologia pela população com 50+:
1 – Acesso à internet: 70% dos indivíduos acessam a internet todos os dias.
2 – Uso de redes sociais: 64% dessa faixa etária acessam as redes sociais diariamente.
3 – Compras on-line: 43% fazem compras online com alguma frequência.
*Fonte: Pesquisa SPC Brasil
Mapeamento
Fabrício de Paula, diretor Financeiro da ABSTARTUPS, empresa de consultoria que organiza eventos, desenvolve programas, estudos e mapeamentos para startups, reuniu dados da sexta edição do mapeamento do ecossistema brasileiro, de 2023.
Neste estudo, foram mapeadas 2.593 startups com respostas de todas as regiões do Brasil, abrangendo 326 cidades. “Com uma base de referência de 14.000 startups, a quantidade de dados coletados proporciona ao estudo um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 2%”, afirmou.
A análise do ecossistema de startups no Brasil, revela que os setores predominantes incluem edtech, fintech, healthtech e life Science. “Quanto ao estágio de desenvolvimento, constatou-se que 32,4% das startups estão em fase de tração”, expos Fabrício.
O executivo ainda ressaltou que a média de colaboradores por startup é de 15, indicando um ambiente de trabalho enxuto e focado. Além disso, 35,8% das startups foram fundadas a partir de 2020, demonstrando um crescimento significativo no setor nos últimos anos.
“Esses dados oferecem uma visão valiosa do cenário atual das startups no Brasil e podem ajudar a orientar futuras decisões e estratégias no setor”, finalizou.
Colaborativo
Para Cassio Spina, CEO da Anjos do Brasil, o ecossistema de startups precisa ser colaborativo, já que está sendo construído no país. “Compartilhar informações e experiências é essencial para fortalecer o ecossistema de startups e permitir que mais pessoas tenham acesso a oportunidades de investimento e crescimento”.
No entanto, explica Cássio, ainda há desafios a serem superados, especialmente em relação aos estímulos aos investimentos em startups. Há conquistas, como a lei complementar ao 155, que trouxe uma proteção maior para os investidores. “A tributação atual, que trata os investimentos como renda fixa, não faz sentido e precisa ser alterada, já que não reflete adequadamente a natureza desse tipo de investimento”.
Alberto Klumb que foi o mediado do debate ressaltou que em um mundo onde a expectativa de vida está aumentando, surgem tanto desafios quanto oportunidades. “A longevidade da população tem impulsionado a necessidade de produtos e serviços que atendam aos desejos específicos dessa fase da vida”.
Essa tendência destaca a importância de considerar a longevidade ao desenvolver novas tecnologias e serviços. “À medida que a população continua a viver mais, a demanda por esses tipos de soluções só aumentará”.
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