11 de Setembro de 2024 | Amanda Albela
Nelson Molina – Crédito: Amanda Albela
Iniciando com a palestra de Nelson Molina (Instituto MAG Longevidade), uma ONG que foi criada para estimular as pessoas a fomentar assuntos a este meio. Nos últimos 12 meses alcançou mais de 2.560.000 pessoas, tendo 3.9 milhões de páginas visualizadas. Tem como principais projetos o IDL (Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade com a FGV), Indicadores Macroeconômicos 50+ e Mercado de Trabalho 50+ CAGED 50+.
O especialista comenta sobre grandes questões a serem enfrentadas em um cenário de brasileiros longevos: Saúde, previdência e trabalho e afirma que o Brasil vem atravessando mudanças na sua estrutura demográfica: deixaremos de ser um país jovem. Perguntando à plateia sobre quem tem mais de 70 anos, “Onde estão os outros setentões? Há trinta anos não teria cabimento uma pergunta dessas, pois a qualidade de vida aumentou“. A expectativa de vida em 1936 era de 44 anos. Para 2042, a expectativa é de 80,07 anos.
Nelson abordou sobre as projeções da população brasileira em milhões de pessoas. Até 2060, a população jovem, entre 0 a 14 anos, deve diminuir 36,12%, enquanto pessoas de 15 a 64 anos diminuem 11,10%, e pessoas 65 anos ou mais aumenta em 192%. “Até lá, o INSS deve pagar, no máximo, um salário mínimo“.
Comportamento da Sociedade com os Longevos
“Todos nós sentimos o peso do preconceito. Hoje em dia, se o cara se cuidar, vai até 80 anos. Hoje a imagem de uma pessoa que já passou dos 60 anos não condiz com o que era no passado” – Há uma dissonância entre como se veem e como acham que são vistos.
O financiamento dos idosos não consegue produzir renda suficiente para seu sustento. “De quem é essa responsabilidade? Do Estado, da família ou do próprio indivíduo?” – A resposta está na conjugação de todos os esforços, sendo o principal a poupança construída ao longo da vida produtiva de cada um. Precisamos separar uma reserva para nossa inatividade futura. Isso também são negócios.