19 de Fevereiro de 2025 | Larissa Gabriel Alvares

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que o câncer de pele está entre os que mais atingem os brasileiros. | Créditos: Owonaro Preye – Pexels
Hidratação, proteção solar e cuidados com pintas e manchas são a base do cuidado com a pele na maturidade
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que o câncer de pele está entre os tipos de câncer que mais atingem os brasileiros, com cerca de 175.760 casos novos a cada ano. Na maturidade, o cuidado com esse órgão deve ser redobrado. Medidas preventivas e consultas regulares com especialistas são essenciais para garantir a saúde da pele.
Para explicar com mais detalhes e dar dicas para o cuidado com a pele na maturidade, a equipe do The Silver Economy entrevistou a Dra. Marcelle Nogueira (CRM-SP 137759 – RQE 54884), médica Dermatologista e coordenadora do departamento de geriatria da SBD.
Pele seca e hidratação
Com o desgaste das glândulas sebáceas, uma pele madura tende a reter menos hidratação com a chegada da longevidade, explica a doutora. Neste período, é importante aumentar a ingestão de água: o cálculo de quantos mls devem ser ingeridos por dia é feito multiplicando 50 ml pelo peso do corpo. A sensibilidade de sede também é reduzida, por isso “é necessário ingerir líquidos mesmo não estando com sede”. Além disso, usar cremes hidratantes, tanto no rosto quanto no corpo, pelo menos uma vez por dia auxiliam no processo de cuidado.
Proteção solar
Para proteção solar, Marcelle indica o uso de um protetor com o fator de proteção 30, no mínimo, sempre que for exposto ao sol. O couro cabeludo também necessita de proteção contra a radiação ultravioleta, neste caso, são indicadas barreiras físicas de proteção, como chapéus e bonés.
Muitas vezes, a reposição de vitamina D, para ter uma aderência mais efetiva e rápida pelo corpo, precisa ser feita oralmente, de modo que a pele fique protegida de exposições contínuas ao sol. A doutora reitera a importância de um acompanhamento médico para o caso.
Atenção a manchas e pintas
Manchas e pintas também devem ser checadas, a profissional indica uma consulta com o dermatologista ao menos uma vez por ano, para realizar um procedimento chamado “padrão de pintas”, no qual as marcas na pele do longevo são avaliadas.
As manchas mais comuns que aparecem na maturidade são pequenas e avermelhadas. Marcelle explica que esses traumas na pele são normais, pois são vasos de sangue fragilizados, que normalmente ocorrem pela sensibilidade da pele madura com traumas como batidas leves. Não é necessária preocupação com essas pintas, no entanto, a dermatologista aconselha evitar esses traumas.
Já manchas escuras, que crescem principalmente quando expostas ao sol, devem ser avaliadas com antecedência por um profissional capacitado. É preciso ter atenção a esses tipos de manchas.
SBD alerta para os três tipos mais comuns de câncer de pele
Segundo a SBD, os três tipos mais comuns de câncer de pele são o carcinoma basocelular, o carcinoma escamoso e o melanoma. O carcinoma basocelular representa cerca de 70% dos casos. Ele costuma aparecer em áreas expostas ao sol, como o rosto e o pescoço, e embora cresça lentamente e raramente se espalhe para outras partes do corpo, deve ser tratado para evitar danos mais profundos à pele.
O carcinoma escamoso, responsável por cerca de 20% dos casos, é mais agressivo e pode se espalhar se não for tratado. Ele geralmente surge em áreas expostas ao sol e pode se manifestar como lesões ásperas ou feridas que não cicatrizam.
Já o melanoma, embora seja o menos comum, com cerca de 4% dos casos, é o mais perigoso, responsável pela maioria das mortes relacionadas ao câncer de pele. O melanoma pode surgir a partir de pintas já existentes ou como novas manchas de aparência irregular, e o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.