22 de Julho de 2025 | Redação The Silver Economy

Homem Sorridente Com Camisa De Colarinho Azul | Crédito: Rene Sibulangcal – Pexels.
No Dia Mundial do Cérebro (22/07), especialistas explicam como pequenas mudanças no dia a dia podem preservar a saúde mental na longevidade
Manter o cérebro ativo e saudável é uma das chaves para o envelhecimento com qualidade de vida. No Dia Mundial do Cérebro, celebrado em 22 de julho, especialistas reforçam a importância de adotar hábitos que estimulem a cognição, a memória e o bem-estar emocional, especialmente após os 60 anos.
Segundo o psicólogo Francisco Carlos Gomes, cofundador do canal Longidade, o cérebro humano tem uma incrível capacidade de adaptação ao longo da vida, mas precisa ser estimulado constantemente. “A neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de formar novas conexões, não tem prazo de validade. Ler, aprender algo novo, praticar exercícios físicos e manter interações sociais são formas eficazes de manter a mente ativa e saudável mesmo na terceira idade”, afirma o especialista.
Estudos publicados na revista científica Nature Commucations mostram que o envelhecimento pode trazer uma redução natural na velocidade de processamento e na memória de curto prazo, mas essas mudanças não significam perda de inteligência ou incapacidade de aprender. “Envelhecer não é sinônimo de declínio cognitivo. O que faz diferença é o estilo de vida adotado ao longo dos anos. Uma alimentação equilibrada, sono de qualidade, controle de doenças como hipertensão e diabetes, além da prática regular de atividades físicas e mentais, ajudam a preservar as funções cerebrais”, explica a médica nutróloga Dra. Andrea Pereira, também cofundadora do canal Longidade.
A médica geriatra Polianna Souza reforça ainda a importância de evitar o isolamento social, que pode ser um fator de risco para depressão e demência. “Manter vínculos afetivos, participar de atividades em grupo, conversar com amigos e familiares são atitudes simples, mas poderosas para manter a saúde do cérebro. A solidão prolongada tem efeitos comparáveis ao tabagismo quando falamos em impacto na longevidade”, alerta a geriatra.
Francisco lembra que a estimulação cognitiva pode ser divertida e acessível. “Jogos de tabuleiro, palavras cruzadas, música, dança e até aprender a mexer no celular ou em redes sociais são maneiras eficazes de manter o cérebro ativo. A chave é desafiar-se a sair do piloto automático”, orienta.
“A saúde cerebral começa com pequenas escolhas diárias. Quanto mais cedo essas práticas forem incorporadas, melhor. Mas, elas também são muito benéficas mesmo quando iniciadas mais tarde. Cuidar do cérebro é investir na autonomia, no bem-estar e na longevidade com qualidade”, conclui Polianna Souza.