Viajar após os 50: intercâmbio se torna opção para envelhecer com qualidade

07 de Agosto de 2025 | Redação The Silver Economy

Crédito: Pixabay – Pexels

De acordo com dados da Belta, intercâmbios voltados para o público 50+ ganham força e se consolidam como alternativa para promover saúde, bem-estar e aprendizado contínuo na terceira idade

Segundo dados da Pesquisa Selo Belta 2024, a faixa etária 50+ ocupa a 7ª posição entre os grupos que mais realizam intercâmbios internacionais. Esse movimento reflete um novo estilo de envelhecimento ativo, pautado no aprendizado, nas conexões sociais e na vida saudável. À medida que a expectativa de vida aumenta, cresce também o interesse por experiências internacionais entre brasileiros de 60 anos ou mais.

Apesar de ainda representar uma parcela menor do universo de intercambistas, a participação dos viajantes com mais de 50 anos vem crescendo. Em 2024, essa faixa etária alcançou cerca de 7,5% do total.

A estabilidade financeira aliada à longevidade cria o cenário ideal para que pessoas com mais de 50 anos invistam em estudos no exterior. Mais do que lazer ou turismo, essas viagens representam a oportunidade de manter-se ativo, atualizar habilidades e viver experiências transformadoras”, afirma Alexandre Argenta, presidente da Associação Brasileira das Agências de Intercâmbio (Belta).

Viagens de intercâmbio proporcionam estímulos cognitivos, sociais e emocionais que colaboram para a manutenção da saúde mental e física em adultos maduros. A imersão em novas línguas e culturas, por exemplo, ativa diferentes áreas do cérebro, contribuindo para a retenção de memória e a agilidade mental, segundo pesquisa da Edith Cowan University (Austrália), em que foi concluído que viagens positivas, que envolvem movimento, novas experiências e socialização, podem desacelerar o envelhecimento físico e mental, reduzindo estresse crônico e promovendo bem‑estar geral.

Além disso, o contato com pessoas de diversas idades e nacionalidades amplia o círculo social, reduz a sensação de solidão e fortalece o senso de pertencimento. Já as experiências práticas, como caminhadas por cidades históricas, aprendizado culinário local ou participação em aulas culturais, combinam movimento, aprendizado e prazer, promovendo bem-estar emocional e físico. 

De acordo com a Pesquisa Selo Belta 2024, as principais motivações para intercâmbios entre todos os públicos brasileiros incluem:

  1. Conhecer culturas diferentes; 
  2. Aprender idiomas; 
  3. Vivenciar combinação de estudo, trabalho e turismo

Essas motivações são igualmente relevantes para o público mais maduro, que busca experiências enriquecedoras, adaptadas ao ritmo e às expectativas dessa faixa etária.

Com o envelhecimento populacional, o intercâmbio internacional para pessoas com 60 anos ou mais ganha reconhecimento como estratégia de longevidade saudável. Combinar estudo, cultura, socialização e atividade física em destinos estrangeiros ajuda a manter o cérebro e o corpo ativos, fomentando bem-estar e independência. Esse público, hoje entre os 7 mais representativos nas viagens ao exterior, demonstra que a maturidade pode ser sinônimo de reinvenção, curiosidade e vitalidade.

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