23 de Outubro de 2024 | Larissa Gabriel Alvares
Homem maduro carrega documentos | Créditos: Pavel Danilyuk – Pexels
Levantamento feito pela Catho revela que 25% dos maduros buscam, preferencialmente, empresas especializadas em conectar profissionais longevos
Uma pesquisa online feita pela plataforma de busca de empregos, Catho, este ano, revelou que 69% dos trabalhadores que têm mais de 50 anos acham que a idade foi um fator determinante na perda de vagas de emprego. Além disso, 55% desse grupo revelou que já sentiu suas habilidades sendo subestimadas em ambientes corporativos e processos seletivos.
Durante o processo de apuração da pesquisa foram coletadas respostas de 1.488 pessoas. Apesar do grande índice de percepção da discriminação etária no meio corporativo, 42% dos profissionais maduros acreditam que recebem uma remuneração justa em comparação com o mercado. 71% desses trabalhadores acreditam que recebem salários equivalentes aos dos mais jovens em posições semelhantes. Ainda assim, semelhante aos trabalhadores mais jovens, 58% preferem ganhar menos a ter sua saúde mental comprometida com o trabalho.
Em relação ao cargo de ocupação dos 50+, foi revelado que 41% deles estão em cargos de gestão, como supervisores, coordenadores e gerentes. Como um dos fatores que impulsionam maduros em cargos mais altos, se destaca a experiência adquirida ao longo da carreira.
Alguns maduros usam técnicas para aumentar as chances de ingresso no mercado de trabalho, como investir em cursos de capacitação (20%) e manter uma boa rede de networking (17%). Quando analisamos a formação acadêmica, encontramos 57% dos profissionais longevos graduados, o que sobrepõe, nesta pesquisa em específico, o número de formação de trabalhadores mais jovens, que é de 50%.
Ainda, 25% das pessoas com 50 anos ou mais buscam preferencialmente empresas especializadas em conectar profissionais maduros. Isso porque, além dessas empresas desenvolverem projetos de integração voltados a esse grupo, elas também reconhecem o potencial do profissional longevo, o que fomenta a diversidade etária nas companhias.
Uma das empresas que se destacam no mercado de trabalho brasileiro por essa performance é a Maturi. Referência no setor de inclusão dos longevos, sua atuação é feita em áreas como recrutamento e seleção de pessoas 50+, produção de conteúdos, treinamentos e consultorias, desenvolvendo estratégias junto ao público consumidor 50+ e reconhece empresas que merecem a certificação “Selo Age-Friendly Employer”.
De acordo com a Maturi, os 50+ priorizam alguns benefícios na contratação: maior equilíbrio emocional, maior capacidade de resolver problemas, mais conhecimento útil para a empresa, experiência analítica para realizar diagnósticos, mais organização e mais confiabilidade.
A inspiração para a criação da empresa veio da avó do fundador e CEO da Maturi, Mórris Litvak. Dona Keila trabalhou até os 82 anos e fez com que Mórris se interessasse pelo tema. Em 2011 o empreendedor fez um trabalho voluntário em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos e a partir daí começou a estudar envelhecimento e longevidade. Desde 2015, ano de fundação da Maturi, Mórris segue aprimorando e ampliando os projetos da empresa visando promover a diversidade diária e geracional das organizações.
“Acreditamos que, criando oportunidades para as pessoas mais maduras poderem continuar trabalhando, aprendendo, ensinando, se motivando e inspirando, promovemos a saúde, dignidade e o bem-estar social.
Além disso, estamos certos de que incentivando também o diálogo intergeracional, criamos uma cultura que valorize a sabedoria de quem já tem uma longa história de vida, quebramos paradigmas e ajudamos as organizações a lidarem com os desafios dos novos tempos.” – relata a empresa sobre sua cultura, em seu site.