12 de Setembro | Amanda Albela
Painel ‘Economia Prateada – Comportamento do Consumidor Sênior’: – Créditos: Amanda Albela
Carla Simões, Superintendente de Comunicação e Marketing da CNseg, foi a mediadora do painel “Economia Prateada – Comportamento do Consumidor Sênior”, que reuniu as debatedoras Marcia Esteves, Sócia e CEO da Lew’Lara\TBWA, e Rita Almeida, Head de Estratégia da AlmapBBDO.
A palestrante Rita Almeida iniciou com uma provocação: como o futuro do país era sempre pensado focando pessoas mais jovens e excluindo a maturidade: “O país do futuro sempre foi o da juventude, nunca ninguém pensou que poderia vir das pessoas mais velhas, em que o século inteiro desenha outra realidade e se escondem atrás do fato de que ‘ser velho é ser feio, disfuncional, finitude’… Os estudos que faço é que envelhecer é viver. Enquanto marcas, recebemos briefing sobre rejuvenescer marcas“, diz Rita.
Márcia Esteves coloca a história como ponto central de estudo para entender a organização social que vivemos hoje. Os cenários de comunicação e as propagandas, que são dois grandes definidores da opinião pública, não tinham uma visão inclusiva com as pessoas longevas.
Também, os meios digitais alteraram tal formas de consumo e relacionamento, principalmente com a ascensão e a presença tão forte do aparelho celular no cotidiano. A separação de profissionais, meios e veículos em analógicos e digitais, que afirmam a superioridade um sobre o outro, não colabora com a difusão da comunicação e a valorização de tais meios.
A pressão da sociedade pela diversidade e inclusão foi outro pilar levantado pelas debatedoras, que comentaram sobre a necessidade de uma transformação constante na comunicação, para assim acompanhar o desenvolvimento social e melhorar suas técnicas de transmissão. Caso isso não ocorra, a comunicação deixa de ser efetiva.
“75% [do público] não se sente representado. A grande solução não é só valorizar a longevidade, e sim conviver entre as gerações. Temos que pensar nas pessoas mais velhas junto com as outras gerações. Acredito que o caminho ideal seja mudar a estrutura do formato de trabalho e ouvir, dar voz às pessoas, para aprender com elas, com paciência“, afirma Rita Almeida.
O painel deixou claro como a implementação da intergeracionalidade é um passo essencial para a mudança de mentalidade, e como podemos olhar e refletir o Brasil como observatório para essa mudança.