12 estereótipos construídos acerca do consumidor maduro

07 de Outubro de 2024 | Larissa Gabriel Alvares

Dois longevos jogam videogame | Créditos: Tima Miroshnichenko – Pexels

Pesquisas indicam que 77% dos maduros não se sentem representados nas plataformas atuais e não se identificam nas campanhas publicitárias disponíveis

Apesar de já existirem grupos, empresas e campanhas conscientizadoras sobre o impacto negativo do etarismo na construção de relações com o público maduro, o preconceito ainda continua presente, principalmente na comunicação e marketing das companhias atuais. Segundo pesquisas do marketplace Vida60mais, 77% dos maduros não se sentem representados nas plataformas atuais e não se identificam nas campanhas publicitárias disponíveis.

Para entender e diminuir esse movimento, Jeff Weiss, fundador da consultoria de marketing Age of Majority, usa seu espaço na mídia para categorizar esses preconceitos enraizados e contribuir ativamente com a inclusão dos longevos. O originalmente intitulado The Dirty Dozen Myths of Aging Consumers é uma das divulgações de Weiss que trabalha a imagem do consumidor maduro a partir da desmistificação de estereótipos comuns acerca desse grupo na sociedade.

Abaixo, confira e entenda os 12 estereótipos construídos acerca do consumidor maduro:

  1. 1. “Com o pé na cova”: encara o envelhecimento como algo deprimente e sem expectativas futuras. Na realidade, pesquisas britânicas indicam que pessoas entre 65 a 79 anos se consideram mais felizes do que outros grupos de idade.
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  3. 2. “O que é bluetooth?”: pressupõe que os maduros não se entendem com a tecnologia, quando, na verdade, os acima dos 55 são engajados em adotar ferramentas digitais no seu dia-a-dia.
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  5. 3. “Não se ensina truque novo a cachorro velho”: o ditado inglês do século XVI dá a entender que maduros que cresceram usando um determinado produto de uma marca específica não estão dispostos a mudar ou experimentar coisas novas. Segundo Weiss: “Todo mundo tem lealdade à marca, mas a maioria das pessoas de qualquer idade está disposta a mudar”.
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  7. 4. “Não esqueça do meu desconto de idoso”: o mito sugere que pessoas maduras não possuem dinheiro o suficiente para pagar suas próprias coisas. Para Weiss, “a geração mais velha é aquela que acumulou riqueza”. Sem contar a movimentação trilionária da economia prateada atualmente somente no Brasil.
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  9. 5. “Cai e não consegue se levantar”: o estereótipo indica que pessoas maduras não são fisicamente ativas e que são totalmente dependentes da ajuda de terceiros.
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  11. 6. “Você está ótimo/a para a sua idade”: nas palavras de Weiss: é um termo discriminatório por idade que não reflete a realidade de como a maioria das pessoas mais velhas se sente bem consigo mesmas.
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7. “Fora do circuito”: a suposição errônea que longevos vivem somente em instituições/lares comunitários e não possuem vida própria. Na realidade, a maioria desse grupo vive com independência e busca marcas, produtos e serviços que atendam às suas necessidades de bem-estar.

8. “Quando eu era da sua idade”: o engano de imaginar que maduros estejam desconectados da comunidade e só querem saber do tempo que passou. O grupo também é engajado em pautas sociais.

9. Manter distância: acreditar que estratégias de marketing que miram nos consumidores mais velhos afastaria os jovens das marcas, por isso, excluem e mantém distância desse grupo. Weiss afirma que campanhas bem construídas aproximam gerações.

10. “Já teve dias melhores”: Weiss analisa esse tipo de pensamento como não benéfico ou útil no marketing de serviços ou produtos, apesar da relação entre idade e desempenho ainda contaminar o ambiente corporativo.

11. Testado e aprovado: fomenta a falácia de que pessoas com mais idade se guiam apenas pelas mídias tradicionais na hora de decidir uma compra. Na realidade, pesquisas mostram que longevos são indivíduos que incorporaram o mundo digital para consumir.

12. “Ah, se eu pudesse ser jovem de novo”: alimenta uma teoria da inveja geracional que, na realidade, não existe. A aceitação de maduros consigo mesmos é maior do que pensamos.

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The Silver Economy

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